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3 dez

Conversa à Flora: chegou a vez do consumo consciente no mercado de cosméticos

Conheça a marca de produtos naturais e veganos produzidos em Campinas (SP)

Uma pesquisa divulgada recentemente pela Nielsen Brasil, empresa global de informações e insights sobre o mercado, apontou que o consumo de produtos sustentáveis em Higiene e Beleza (H&B) é uma pauta recorrente no dia a dia de 32% dos brasileiros. Por isso, diversas marcas têm investido em produtos orgânicos, veganos, não testados em animais e feitos com produtos naturais. Um bom exemplo é a Conversa à Flora, uma empresa familiar, que produz artesanalmente cosméticos para o cuidado com a beleza do rosto e do corpo, bem como higiene pessoal.

A empresária, Lais Rodriguez, de 28 anos, contou ao EncontroELAS, que decidiu criar o negócio após um longo processo de conscientização em relação ao meio ambiente, aos seres vivos e ao resgate de raízes ancestrais. Os cursos de graduação em Design e Dança, somados a aprendizados budistas, foram fundamentais para aproximá-la do veganismo e de ações sustentáveis. “Comecei a pesquisar receitas para fazer meus próprios cosméticos, pois assim teria maior controle da composição dos produtos. Também busquei marcas e empresas que tinham os valores que eu apreciava, a fim de entender a precificação do produto. A preocupação era de que o valor fosse justo”, afirma.

Para profissionalizar a produção dos cosméticos, ela fez um curso de saboaria artesanal e outro de cosméticos veganos, que reforçam a importância do movimento e do desenvolvimento de produtos que não prejudicassem o meio ambiente e além de tudo, fossem terapêuticos.  Foi então que, em 2018, a Conversa à Flora foi apresentada ao mercado, em Campinas (SP).

“A empresa surgiu a princípio como uma simples ideia artística, de performance, em que eu buscaria acompanhar as plantas que tinha na minha horta, em uma espécie de diário poético e artístico. Por fim, transformou-se na união de insights e questionamentos, tomando a forma do que é hoje: uma marca que por meio de muitas trocas e “conversas a fora” foi se tornando “Conversa à Flora”, em que os elementos da natureza podem enfim ter voz”, destaca Lais.

A marca possui um portfólio diversificado, que inclui sabonetes artesanais, perfumes, esfoliantes corporais e faciais, cremes e óleos de massagem, trouxinhas e travesseiros aromáticos, sais de banho, sprays de ambiente, produtos multiuso e de limpeza para casa. Os preços vão de R$6,00 a R$35,00 e variam de acordo com o produto escolhido e a quantidade.

Trabalhar com produtos artesanais, veganos e cruelty free (não testado em animais) são os pilares da empresa. Por isso, todos os ingredientes utilizados são biodegradáveis, como, por exemplo, os óleos essenciais, que além dos benefícios da aromaterapia, estão alinhados a um dos princípios da empresa: o resgate de valores ancestrais.

 

“A política de reaproveitamento também faz parte da marca. Se o cliente traz a embalagem vazia, ganha desconto na próxima compra. Essa foi a forma que encontramos de produzir menos lixo e reutilizar as embalagens. No caso de materiais não recicláveis, buscamos dar o destino adequado ao descarte”, conta.

Lais comenta que esse ainda é um mercado pequeno na cidade, porém, em expansão. Em algumas regiões, ela conta que a demanda pelos produtos já é maior. Outro ponto que a empreendedora enfatiza é a conscientização e a valorização da população em relação ao consumo consciente, além da barreira de que os produtos artesanais são mais caros que os industriais.

“Um passo de cada vez”, é assim que Lais classifica o jeito dela de empreender. “Por trabalhar com produtos veganos, cuja validade não é tão longa quanto os industriais, que levam pesados conservantes químicos, compro as matérias-primas de acordo com as demandas que recebo, para que não haja desperdício do produto. Isso também se aplica à feitura das embalagens”, comenta.

Além de Lais, a Conversa à Flora conta com mais duas pessoas: Margareth, que é mãe da empreendedora e responsável pelo setor administrativo e financeiro, e Anderson, namorado de Lais e encarregado da parte logística do negócio.

Por fim, ela recomenda às mulheres interessadas em empreender que procurem informações e cursos apresentados por outras mulheres, formando uma rede de incentivo, troca de experiências e apoio. “Para as interessadas no mercado vegano e natural, verifique sempre a procedência e a composição das matérias-primas antes de comprar. O mercado está cheio de “produtos veganos” que utilizam essências e corantes sintéticos, como lauril e outros parabenos”, finaliza.

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adriana roma