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13 abr

UMA NOVA REALIDADE PEDE NOVOS NEGÓCIOS

Como ficam as empreendedoras diante disso?

 

No artigo anterior, refletimos sobre os desafios impostos pelo COVID-19 aos negócios em geral.  No Google Trends, ferramenta do Google que mostra os termos mais buscados recentemente, a preocupação com o vírus e as consequências trazidas por ele são destaques nas pesquisas, sinalizando como o comportamento do consumidor tem se moldado à realidade imposta pela pandemia. Em meio a tudo isso, as mulheres empreendedoras estão descobrindo diariamente as infinitas possibilidades do prefixo “re”: reinventar, recalcular, reformular, entre outros usos.

 

 

No setor de alimentos, por exemplo, os usos desse prefixo tornaram-se se urgentes. A combinação de matérias-primas e o breve período para consumo dos produtos com segurança, sem oferecer riscos à saúde dos clientes, exigiram ação rápida por parte das empreendedoras. Com o isolamento, os eventos foram cancelados, suspendendo o trabalho de buffet. A empreendedora da Fala que Eu Cozinho, Tatiana Porcari,  tinha a agenda cheia para atender o mercado de eventos. Ela conta que, no início da empresa, trabalhava com marmitas, mas optou por focar no buffet para eventos. “De cara, esse foi um grande aprendizado. Eu centralizei minha empresa em um único serviço, que era o buffet. Tive que me reposicionar para voltar ao trabalho com marmitas congeladas tamanho família”, analisa Tatiana ao comentar, que mesmo depois da pandemia, quer reorganizar a empresa para operar em duas frentes, buffet e marmitas, evitando a concentração.

 

 

 

O segmento de delivery de pizzas não escapou das exigências do prefixo “re”. Há seis anos na liderança da Sabor da Villa Pizzaria, em Hortolândia, Célia Leite, já sente a queda no número de pedidos e mudança no comportamento dos clientes. Além das pizzas, a Sabor da Villa trabalha com a venda de pastéis. “Nossos clientes gostavam de vir até o nosso ponto para comer pastel, retirar a pizza no balcão etc. Gostávamos dessa convivência e tínhamos mesas e cadeiras para bem recebê-los”, recorda a empreendedora. Com a chegada da pandemia, a retirada das mesas e cadeiras foi imediata. Célia comenta que intensificou a pesquisa por preços para conciliar a qualidade dos insumos, sem repassar os custos para os clientes, além de estudar a possibilidade de reduzir a equipe de três para dois colaboradores. A intensa higienização das máquinas de cartões, orientações de segurança e álcool em gel para os entregadores também reorganizam a rotina da Sabor da Villa Pizzaria.

 

 

 

 

 

Em uma outra vertical do mercado de alimentos, a Fofitos Doces está vivenciando o prefixo “re” com adaptações para atender por intermédio de aplicativos como iFood e Rappi. “Fechamos uma loja que havíamos aberto em fevereiro e voltamos a produzir sob demanda somente e com os aplicativos de entrega. Infelizmente, às vezes, tenho que recursar encomendas devido ao momento da pandemia”, lamenta da empreendedora da Fofitos Doces, Silvana Bayer. Ela explica que, com a mãe de 73 anos em casa, as idas ao mercado têm sido restringidas para evitar riscos a idosa.

 

 

 

Com a reformulação dos negócios, a comunicação deles também foi repensada com o fortalecimento dos canais online. Manter as redes sociais atualizadas sobre essas mudanças, bem como fomentar um posicionamento de parceria diante da conjuntura, rendem bons conteúdos para a imagem do negócio. Lembrando que, ao gastar com mais critério, o consumidor precisa receber informações claras sobre os produtos, numa interação dinâmica. O WhatsApp para empresas é uma ferramenta com muito potencial para vendas e estamos aqui para ajudá-las a saber mais.

 

Adriana Roma

Especialista em Comunicação Corporativa
Founder Há Propósito Comunicação/EncontroELAS

Mestranda em Divulgação Científica na Unicamp

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