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25 set

Quem procura, acha!

O ditado é popular, mas significa muito mais do que parece para a Desirree Matallo, detetive particular que atua em Campinas (SP). Ex estudante de direito, ela trancou a faculdade para se dedicar a especializações na área de investigação e, hoje, é uma entre os poucos detetives da região que se dedicam ao mercado de investigação empresarial. Há 17 anos na carreira, Desirree começou a trabalhar de uma forma inusitada.

A profissão de detetive não é muito comum para mulheres. Como você a encontrou?

Eu trabalhava na antiga Telesp, hoje a Vivo. Na época, eu era integrante do departamento de gerenciamento do suporte técnico das linhas de celular e um dos recursos disponíveis nos permitia identificar o local em que os aparelhos estavam. Um dia, uma amiga comentou sobre o namorado que dizia estar trabalhando e, com o acesso ao recurso, descobri algo engraçado: na verdade, ele estava na praia! A situação me despertou a curiosidade pela investigação e como eu já cursava direito, foi muito automático.

E dentro da área, quais nichos de atuação são possíveis? Você optou por algum em específico?

São inúmeras as opções. A maioria das pessoas pensa que detetive trabalha apenas com investigação conjugal, mas a realidade é outra. Dois exemplos que movimentam bastante o mercado são a investigação política e a empresarial. Eu, particularmente, me apaguei a segunda.

E o que seria a investigação empresarial?

A investigação empresarial é quando, por exemplo, uma empresa desconfia da conduta de um funcionário e precisa entender se essa desconfiança é real ou não – até para evitar injustiças. São trabalhos desse tipo que me atraem mais.

Existem muitos profissionais da área na região?

Na verdade, não. Eu, que já estou na área há um tempo, conheço apenas duas agências e eu, que atualmente trabalho sozinha. Isso faz com que seja um nicho de mercado muito promissor, seja qual for o nicho de atuação de preferência.

E existem mulheres na profissão? O que você diria para aquelas que assim como você se identificam com a investigação?

Pouquíssimas mulheres na área. Aqui na região de Campinas, por exemplo, somente eu trabalho nesse sentido. É uma carreira que exige dedicação, já que os horários podem variar muito em função do trabalho, mas não é impossível uma vez que criei filhos e mantenho minha família com o resultado da investigação.

A dica é se especializar e saber divulgar o trabalho. O Facebook é um ótimo recurso que, se usado da maneira correta, traz ótimos frutos.

 

Nome: Desirree Matallo

Direto: (19) 9 8322-5867

Redes sociais: Detetivecampinas (Facebook)

Redação: Débora Lopes

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adriana roma